segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pascal

Quando renascemos dentro de nós, é sinal de que um novo ciclo começa. Seja ele bom ou ruim, longo ou passageiro, é sempre muito natural. Não nos damos conta de, quanto estávamos diferentes, até que mudemos, de fato.

As pessoas ao redor, nos olham e comentam, talvez faça mais sentido, nos sentir. E é nestas horas que conhecemos nossos sentimentos. Na solidão interior, na busca, na fuga. E quando retornamos, estamos mais felizes, ou não. Mais serenos, ou não. Mais completos, ou o mais próximo disso.

Mudamos nossos ritmos, mudamos o ponto de vista, embora a visão permaneça a mesma. Essência! Eis o que nunca mudará, por mais que tentemos, é única.

No momento em que reciclamos estas questões, reciclamos também nossos laços com o exterior, com o outro. Principalmente porque nós surpreendemos. E esta surpresa gera estranhamento. Até mesmo em nós, pois é justamente nesta hora, em que percebemos tamanha mudança.

Chega o tempo de repensar, então, se valeu à pena, se é real o desejo. Esse renascer que nos renova, mata um pouco do que o outro enxergava em nós. Inevitável. Bom pra você? Bom para o outro? O que mais importa?

E tudo fica como se despertássemos de um coma. Onde os outros nos falam, e não podemos reagir. Pois quando levantamos, tudo está diferente, como se ninguém nos tivesse dito antes, mude! E os sinais foram tão claros, porém, não mudamos.

Ou quando acontece, é justamente pelo excesso de sinais. Alguns se arrependem, voltam atrás, outros seguem, machucam-se, mas insistem por plena teimosia egocêntrica, autoafirmação. Mas será mesmo que os sinais são sempre de fora pra dentro?

Em que momento começamos a sinalizar que queremos mudar? Quando começamos a externar com pequenos atos, palavras e gestos e ninguém nos ouve. Apenas faz de ouvidos moucos, fingem não nos escutar, e tudo vira palavra ao vento.

Agora então, só nos resta arriscar a mudança, tendo certeza ou não, mudamos. Mudemos, arrisquemos. E de preferência, que assumamos nossos tropeços; sem esbarrar num divã. Caso contrário, a terapia perdura por um longo tempo. Apenas tente.

3 comentários:

Rafael Loiola disse...

"Inevitável. Bom pra você? Bom para o outro? O que mais importa?"

Nada menos que aplausível é esse desconforto com a insensibilidade cada vez mais crescente...

Desconforta-me tambem.

Tila Miranda disse...

É engraçado. Na realidade é até curioso ler algo sobre isso. Eu acho que só mudei drasticamente - poderia dizer assim - uma vez. Eu não sei como começou, só sei que foi. E eu tenho respirado a velha necessidade de mudança. Não foram muitos sinais que me fizeram querer retornar ao meu divã interior. Na realidade, foi apenas um sinal: eu amo.
E só. Espero que ela venha. Que ela venha difusa e forte, a mudança, porque é disso que preciso mais do que nunca.

TaMxS Pirulitah disse...

Pow mãe concordo com vc em numero genero e grau, tu escreve a pacas =D~
Ou quando acontece, é justamente pelo excesso de sinais. Alguns se arrependem, voltam atrás, outros seguem, machucam-se, mas insistem por plena teimosia egocêntrica, autoafirmação. Mas será mesmo que os sinais são sempre de fora pra dentro?

* As pessoas ao redor, nos olham e comentam, talvez faça mais sentido, nos sentir. E é nestas horas que conhecemos nossos sentimentos. Na solidão interior, na busca, na fuga. E quando retornamos, estamos mais felizes, ou não. Mais serenos, ou não. Mais completos, ou o mais próximo disso.

Mudamos nossos ritmos, mudamos o ponto de vista, embora a visão permaneça a mesma. Essência! Eis o que nunca mudará, por mais que tentemos, é única.


vei essas partes foram foda!
ate meio q me achei nessas palavras ai