sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Roda


Ninguém me ensinou como viver, e ainda assim, teimosa que sou, vou vivendo. De certo modo, tem dado certo, por fim, ainda não morri.

E quando morrer terei antes, vivido de dor. Dor de amor, dor de dente, dor de cotovelo. Mas não de fome. Porque de fome só se morre uma vez. Morrer mesmo é para se fazer aos pouquinhos... Como num conta-gotas. E dessa fome, meu caro, dessa fome eu quero sempre beliscar algo mais.

Fome de sol e praia, fome de sorrisos, fome de amizades e segredos trocados. Tenho sempre fome de tudo, mas não morro.

E para beber, as gotículas dos nossos dias, degusto com prazer, as dificuldades, os temores, e as variações coloridas que as nuvens fazem no céu. Como é bom beber assim.

Talvez eu aprenda, lá adiante, como é que se vive de verdade. Embora, haja tantas verdades em um só corpo, e grandes universos, em cada pensamento. Mas dessa forma, eu tenho certeza, de que minhas dúvidas, serão sempre dúvidas. Por mais que você pense em respondê-las. Ainda não lhes perguntei, quem mandou pintar o arco-íris com aquelas cores.

Eu teria pintado tudo de vermelho. Com linhas amarelas, outras verdes e uma azul, só pra lembrar que também existe o azul. No final, o lilás daria outro tom, um tom mais casual. Mas não como está. Esta tudo já pintado... Duvidas?

Sobre as crianças, nada tenho a dizer. A não ser que, o nada, é exatamente o real significado das crianças. Nada de mal, nada de bom também. Porque cada criança é o barro que o adulto molda, da forma como ele sempre quis ser, e não foi. Também nunca será. Então, criança não é nada. É tudo.

No final, quando de verdade eu descansar, saberei das verdades dos outros. Dos seus pensamentos que sempre mudam, e de como vemos as fases da lua. Não que a Lua brilhe diferente entre os homens, mas somente por que, cada um a vê de seu ângulo, de sua retina. Mas tudo isso é bobagem! Bonito mesmo é pensar no mar.

O mar ferve calado, e se cala na revolta. Com suas ondas que dançam em nossas praias, o mar vem calmo e nos puxa pelos pés, como uma rasteira sutil, em quem nunca espera a queda. E assim, caímos no mar, louco que somos, rimos e queremos sempre mais.

Se alguém tivesse mesmo me dito antes como viver, eu faria tudo do meu jeito, e ainda assim, estaria errado, e estaria certo também. Vamos experimentar!

Um comentário:

Val disse...

uia so!! ela tem brógui!!!!

hauhauahau

bjus bibian!!